Minimizando a destruição de valor em tempos de crise

Lidar com crises impulsiona empresas a ajustar suas operações e, muitas vezes, priorizar a gestão do fluxo de caixa para garantir a sobrevivência. A gestão de caixa é, sem dúvida, essencial para a sobrevivência, mas a busca por liquidez imediata não pode ofuscar o objetivo fundamental de criar valor sustentável para os acionistas a longo prazo. O alinhamento entre caixa, risco e valor é fundamental.

É natural que, em períodos de incerteza, os gestores foquem no curto prazo, priorizando a liquidez e a "sobrevivência" até o próximo ciclo de crescimento. No entanto, a próxima onda de criação de valor frequentemente depende da melhoria dos retornos, seja por meio de consolidação, reestruturação de portfólio ou aprimoramentos internos.

Essa análise possibilita identificar projetos que geram valor a longo prazo, mas não produzem fluxo de caixa imediato, e projetos que geram fluxo de caixa a curto prazo, mas não contribuem para a criação de valor no longo prazo. Isso permite à gestão tomar decisões que aliviam problemas de caixa a curto prazo, ao mesmo tempo que minimizam a destruição potencial de valor.

Embora o foco no fluxo de caixa seja inegavelmente relevante, não deve obscurecer outros fatores de desempenho que possam influenciar os fluxos de caixa futuros.

A abordagem de Gestão Baseada em Valor alinha objetivos, políticas e processos de uma empresa, focando nos direcionadores de valor. Ao analisar esses indicadores, é possível compreender toda a cadeia de resultados que agregam valor à empresa, permitindo tomar decisões embasadas. Em tempos de crise, as alavancas para geração de valor incluem:

• Aumento de produtividade.
  

• Estratégias de precificação eficazes.
  

• Adequação do nível de endividamento.
  

• Variabilização dos custos.
  

• Reavaliação crítica do portfólio de investimentos.
  

• Gestão eficiente do portfólio de negócios.
  

• Tomar decisões difíceis de maneira diligente.
  

Essencialmente, qualquer empresa visa maximizar a geração de caixa e investir eficientemente para garantir a continuidade da geração de caixa, maximizando a riqueza dos acionistas a longo prazo. Caso contrário, a empresa corre o risco de ser adquirida ou enfrentar a falência.

No atual ambiente econômico desafiador e dinâmico, o sucesso futuro das empresas depende de ações internas ágeis e orientadas para a geração de valor aos acionistas. A alta gestão deve adotar uma abordagem questionadora, ágil e diligente na tomada de decisões estratégicas e operacionais, priorizando a criação de valor.