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Eficiência financeira: o desafios das empresas para manter a flutuação e a direção

  • Foto do escritor: Ismael Santos
    Ismael Santos
  • 1 de nov. de 2023
  • 2 min de leitura

O mercado atual, dinâmico e imprevisível, exige que as empresas revisitem continuamente sua eficiência operacional e financeira. Uma análise das 50 maiores empresas por receita listadas na B3 em 2023, excluindo-se o setor financeiro, revela uma estatística preocupante: 56% delas não alcançaram um ROE de 15%, um percentual frequentemente adotado pelo mercado como referência na avaliação da eficácia em gerar retorno sobre o patrimônio dos acionistas.



Um fator importante é a estrutura de capital das empresas em questão. Aquelas com ROE acima de 15% têm, em média, uma razão Dívida/Capital Total de 38%, enquanto as com ROE abaixo de 15% apresentam um endividamento médio que supera o capital próprio, atingindo cerca de 50%.


O crescimento das receitas é outro ponto importante. Das 50 maiores empresas em receita listadas na B3, as que têm um ROE acima de 15% registraram um crescimento médio de apenas 2%. Em contraste, as empresas com um ROE abaixo dessa marca apresentaram um crescimento significativo de 16%. Este maior crescimento pode justificar um endividamento mais elevado para as empresas com menor ROE; no entanto, isso não se traduziu na correspondente geração de valor para os acionistas.


O Z-Score de Altman, que prevê a probabilidade de falência empresarial, também difere entre esses grupos. Empresas com ROE acima de 15% têm um Z-Score médio de 6, em contraste com 5 para aquelas com ROE inferior a 15%, indicando um risco maior, ainda que baixo, de insolvência.


Interessante notar que, dessas empresas, 80% apresentam uma Margem EBIT positiva, mas ainda assim não conseguem superar o custo do capital. Essa situação ressalta que nem o crescimento das receitas nem a lucratividade operacional são garantias de geração de valor.

A preocupação aumenta ao analisarmos as 312 empresas listadas na B3, excluindo o setor financeiro, onde 67% apresentam um ROE abaixo de 15%. Isso sugere que uma parte significativa do mercado pode estar destruindo valor para os acionistas.


Considerando as mais de 21 milhões de empresas ativas no Brasil, muitas delas pequenas e microempresas, a aplicação desses percentuais implica que milhões podem estar aquém das expectativas de retorno. Nas empresas de capital fechado, com maiores riscos e menor liquidez, a expectativa de retorno é ainda mais elevada, aumentando a chance de erosão de valor.


É importante frisar que esta análise não tem caráter científico, e para um diagnóstico mais assertivo, é crucial expandir o horizonte temporal dos dados. Além disso, não representa uma recomendação de compra ou venda de ações. Contudo, os resultados evidenciam as dificuldades enfrentadas pelas empresas nos últimos anos e o baixo foco nos drivers de geração de valor.


Neste cenário, torna-se vital que gestores compreendam profundamente os fatores que impulsionam a geração de valor para os acionistas. Não priorizar a maximização do valor pode comprometer gravemente o futuro de um negócio.


Estamos em um momento crítico para as empresas repensarem suas estratégias de gestão, assegurando que cada decisão esteja alinhada com o objetivo de criar valor sustentável e de longo prazo para a organização e seus investidores.


 
 
 

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